27/04/2013 -ÚLTIMO DIA!!!!!
O último dia de campo se iniciou às 06h43min. Fizemos um transecto motorizado que foi do trecho Pioneiro até Miranda, e posteriormente São Francisco. Chegando na fazenda São Francisco (07h35min), aproveitamos pra conhecer o local, tomar café e descansarmos um pouco até o horário do transecto fluvial feito por chalana. Quando chegado o horário (08h42min), fizemos um transecto motorizado de gipe, da pousada até o corixo São Domingos, onde a chalana estava esperando por nós. Às 08h53min, fomos nos acomodar na chalana para o transecto fluvial (nesse dia não tivemos transecto a pé, e nem nos separamos em grupos). Durante o transecto, que estava bem tranquilo, comparado aos outros, tinhamos tempo para observar bem a paisagem e identificar com calma a fauna. Funa essa que se caracterizava por figurinhas conhecidas nossas, como: Ardea cocoi, Cloroceryle amazona, busarellus nigricolis e Crotophaga ani.
Durante o transecto, observamos algo muito estranho! A chalana estava afundando pelo lado esquerdo!!!! Quando percebemos isso, fomos pro lado direito pra fazer contra peso, mas não adiantou, pois o que levava ela a afundar era uma bomba que estava quebrada, que era a que escoava água pra fora do barco. Conforme a água ia entrando, as pessoas começaram a ficar preocupadas, muitos não sabiam nadar ( e pro imprudencia estavamos SEM colete salva-vidas). O barqueiro resolveu retornar, mas não deu tempo, no meio do retorno ele teve que jogar a chalana para a margem do rio, na qual ela virou 180 graus (se tivessemos virado no meio do rio, a coisa teria sido bem mais feia!!), muitos cairam na água, outros ficaram pendurados, porém, o susto tomou conta de todos. Ninguém se machucou (o que nos proporcionou um alívio), houveram apenas perdas materiais. Aos poucos fomos resgatados e levados para terra firme. Retornamos a fazenda São franscisco e listamos os bens perdidos a serem ressarcidos, descansamos por lá durante a tarde, e no final dela voltamos pra pousada onde estávamos hospedados. Lá, havia sido preparado uma surpresa para nós, agora conhecidos como os sobreviventes da chalana (sim, as noticias se espalham rápido), tinhem nos preparado um jantar com comidas típicas, além de uma dupla de violeiros que tocaram músicas sertanejas para nós. Nossa despedida do pantanal, foi de muita alegria, emoção e reflexões. Além de muita dança com a belissima presença da lua nos contemplando. Entre todos os vários aprendizados que o Pantanal nos trouxe, um último capítulo altamente reflexivo pairou sobre nós. Pois um dia seremos cientistas, cada um em suas diferentes áreas, com seus projetos, carreiras, porém, quando nos encontrarmos para um abraço ou uma cervejinha de fim de semana, sempre lembraremos daquela manhã na chalana, de tudo que passamos juntos e lembraremos o dia em que de fato, nos tornamos uma verdadeira FAMILIA!
Dedico à Ecologia 2011. E a mágia do Pantanal.